Estamos aqui no vidão que pedimos à Deus. Tão gostoso! Aqui estou em frente ao mar, debaixo de uma sombra numa pousadinha simples, pé na areia. Marina tirando uma soneca e pensei em compartilhar com vocês essa minha experiência e animá-las a viajar com seus bebês.
Eu sou do tipo que quero tudo perfeito, que tudo tem hora, antecedência, programação, regras e estou em um exercício para mudar isso. Afinal, as melhores coisas da vida acontecem meio ao inesperado, não é mesmo?
Essa viagem surgiu do inesperado, não íamos viajar, até porque eu considerava a Marina muito pequena para enfrentar o trajeto de carro ou avião, ficar em hotel, praia... Mas daí, aconteceram algumas mudanças profissionais para mim, que me me impedirão de tirar férias nesse ano. Decidimos praticamente do dia para a noite e aqui estamos.
Mas por que ir para a praia? Por que não ir em um lugar mais tranquilo? Simplesmente porque foi o pedido de férias do meu mais velho, desde que eu estava grávida. Do contrário, eu esperaria pelo menos até a Marina completar 9 meses a 1 ano.
Bom, com essa experiência aprendi algumas coisinhas sobre viajar com bebês para a praia, que servem para todas as fases do bebê e quero compartilhar com vocês:
1- Não crie grandes expectativas
Isso mesmo, a primeira coisa que fiz de positivo nessa viagem foi não programar as coisas, deixar acontecer, não criar em expectativas. Uma viagem com bebê para a praia é bem diferente da última vez que você e seu marido estiveram sozinhos ou até mesmo com o filho(a) mais velho(a). Os bebês tem necessidades diferentes, horários, não podem ir ao sol e areia da praia nem pensar.
2- Acorde cedo
Como se precisasse mandar né? Bebês geralmente madrugam. Aproveite isso e vá bem cedinho para a praia, daí vai curtir o banho de sol do bebê em grande estilo. O sol não estará muito forte e dá até para arriscar colocar os pezinhos dele no mar e aproveitar para tirar aquelas fotos da família.
3- Faça amizade com o pessoal da cozinha do hotel
Essa dica vale para qualquer viagem. Desde que comecei a viajar com o Pedro eu me tornei a amiga da equipe da cozinha onde me hospedo. Logo que chego eu me informo sobre fazer papinhas, acesso a frutas, ferver água. Dessa vez, os almocinhos da Marina saíram com legumes variados e feitos na hora para ela. Eu sou contra papinhas prontas, pra mim só num caso de extrema necessidade, do tipo vida ou morte. Eu não confio em qualquer comida pronta que fica fora da geladeira e dura meses. Muitos conservantes. O que é natural é melhor.
4- Respeite a rotina
Para a harmonia familiar e conforto dos ouvidos é bom que a rotina de horários do bebê seja mantida, pois do contrário, ele vai estranhar, se sentirá inseguro e será um "Deus nos acuda".
5- Leve alguém com vocês
Se possível leve sua mãe, irmã, sobrinha ou uma babá para ajudar com o bebê. Se vocês tem uma criança maior, mais um motivo, pois as brincadeiras e necessidades serão diferentes e essa pessoa a mais ajudará o papai e a mamãe a dedicar tempo para os dois. Além de ter tempo para si e quem sabe até para o casal curtir um pouquinho juntos.
Nós trouxemos a minha mãe, que achou o máximo a oportunidade de estar com os netinhos. Para nós, foi uma ajuda em tanto e um presente a companhia dela.
6- Leve tudo que o bebê for precisar
No post anterior dei uma lista do que não pode faltar na mala para viajar com bebês e crianças. Ter a mão tudo que precisa para o conforto do bebê é fundamental para equipar você no cuidado com ele e dar conforto durante a estadia fora de casa.
7- Não fique muitos dias
Considero que para uma viagem dessa está bom entre 4 e 7 dias, mais que isso torna muito cansativo e pode prejudicar a rotina e mudar os hábitos do bebê, mesmo que vocês se esforcem para mantê-los, não é a mesma coisa de estar em casa.
8- Se hospede em frente ao mar, se possível em uma pousada pequena.
Uma coisa que achei bastante acertado foi termos escolhido uma Pousada em frente ao mar. Como aqui é pé na areia, fico na área da piscina vendo o Pedro brincar no mar e não fico isolada com a bebê. Quando estou na praia e minha mãe cuidando dela dá pra ver se está chorando ou não.
Outra coisa que achei interessante é ser uma pousada pequena. Grandes Resorts e Hotéis costumam ter muitos hospedes, filas para comer, distâncias para percorrer. Acaba dificultando tudo. Aqui é pequeno, me lembra uma grande casa. Fora que já conheço e chamo pelo nome os funcionários e todos nos tratam super bem.
Bem, são dicas muito simples, mas achei interessante compartilhar.
A nossa viagem de férias está sendo muito tranqüila, conseguimos equilibrar a diversão com o Pedro, os cuidados com a Marina. Por falar nela, essa foi a parte mais tranquila, ela está curtindo muito, muito boazinha, não estranhou nada e estou conseguindo até descansar, ler uma revista, muito tranquilo.
Lembrarei com carinho desses dias aqui no Litoral e da primeira vez que a Marina viu o mar.
Beijos, agora ainda temos mais dois dias em São Paulo para visitar parentes e amigas queridas.
Mey