Hoje eu retorno ao trabalho. O meu sentimento é de gratidão por esses quase 6 meses em casa curtindo minha família. Deus preparou tudo para que eu curtisse cada detalhe, para que pudesse conectar mais ainda com meus filhos, meu marido, minha casa e até mesmo comigo.
Volto ainda mais consciente da importância que meu papel de mãe tem; como pilar de sustentação da minha casa.
Nesses meses eu aproveitei os momentos com o Pedro, estando em casa, tendo um certo tempo a mais para dedicar para ele. Pude aprender a ser mãe da Marina, uma menininha e um mundo totalmente novo pra mim como mãe, com desafios e delícias que eu nunca tinha vivido, como a amamentação, por exemplo. Como esposa eu tentei dar o meu melhor, apesar do cansaço, da irritação pelas noites mal dormidas.
Mas de tudo, o que eu aprendi mesmo, é que estar em casa o tempo todo ajuda muito, mas não garante ser a melhor mãe do mundo.
O fato de estar 24 horas dedicada não me tirou a culpa por não conseguir ser ainda melhor. Muitos dias eu fui dormir tendo aquela mesma sensação de fracasso dos dias que eu trabalhei o dia todo, mesmo estando em casa.
Quantidade é sim importante. Aprendi isso também. Estarei bem mais atenta agora, mas qualidade de tempo ainda continua sendo a melhor coisa que podemos dar aos nossos filhos.
Não adianta nada a gente ficar o dia todo em casa e ficar limpando a casa o tempo todo, vendo TV, falando no telefone, na internet ou até mesmo estressada e cansada.
Muitas mães pensam que por não trabalharem fora, por estarem em casa o tempo todo, que sua presença física é o bastante para os filhos. Mas estamos enganadas, nossos filhos desejam o nosso melhor, mesmo que seja por 3, 2 ou só 1 hora por dia. Crianças são tubarões famintos por atenção exclusiva. Em alguns dias eu me via em casa e ocupada demais com a rotina da casa para sentar e brincar, e o Pedro me fez enxergar isso.
Volto ao trabalho muito mais conectada ao meu papel de mãe e esposa e ao principal propósito da minha vida. Tenho duvidas e incertezas se conseguirei equilibrar esses meus papeis de forma justa, mas tenho em mente que para eu ser feliz minha família terá que estar sempre em primeiro lugar.
Trabalhar pra mim é uma grande satisfação, mas não trabalho por diversão, eu trabalho porque preciso. Porque escolhi dar uma condição melhor de vida para meus filhos, pois o meu ordenado nos possibilita viajar mais, ter mais lazer, comer e vestir melhor, não depender de ninguém pra isso, e principalmente, eu trabalho porque amo o que eu faço, me sinto completa nos meus papéis.
Se eu pudesse trabalharia menos horas por dia, um período só, mas não tenho essa opção. Como toda mãe que trabalha fora, sinto-me culpada, dividida, hora frustada, mas sou recompensada pelo orgulho que vejo nos olhos do Pedro quando falamos de profissões, no valor que ele dá quando mostro para ele coisas que fiz no meu trabalho. Eu sei que um dia meus filhos terão orgulho ao falar sobre mim, assim como me encho de orgulho ao contar que minha mãe é enfermeira e das boas.
Hoje eu volto ao trabalho muito animada para viver todas as coisas que Deus preparou para mim. Coincidência ou não, estou novamente mudando de emprego após a licença maternidade. Do Pedro foi exatamente igual, voltei a trabalhar e tinha sido transferida para outra empresa do grupo e agora eu prestei uma seleção e estou assumindo novos desafios em um novo emprego, uma oportunidade que venho sonhando há anos. Tudo tem seu tempo, estou muito feliz e confiante que serei muito abençoada e feliz no meu novo emprego.
Hoje é um dia importante, difícil porque será um dia de muita saudade dos meus pequeninhos, feliz porque estarei iniciando um novo ciclo na minha vida.
Conto com as orações e torcida de vocês e creio que em todas as coisas Deus estará me fortalecendo e conduzindo.
Um grande beijo, Mey.
3 comentários:
Meu DEUUUSSSS q post lindo Mey, eu chorei, fiquei emocionada, estou vivendo a alegria de ter tido o miguel depois da minha linda leticia, hoje com 4 anos, com ela eu não voltei ao trabalho, a empresa fechou e eu tive que sair, mais com o miguel será diferente e estou lutando com isso já, o miguel nem tem 1 mês, mais eu já sofro com esse momento, eu tbm não to vivendo plenamente com a Le esses dias em casa porque é tudo novo, até tudo entrar em sintonia eu acho que eu preciso de muitas orações pq tem sido difícil!!!... Espero sinceramente que Deus te abençoe mtooo e que vc seja um momento maravilhoso .. Me fale com quem as cças vão ficar????? bjuuuu e está em minhas oraçoes.
Amei o post, amiga! A clareza de suas palavras foram fundamentais. E vejo, que com a Marina, você amadureceu demais. Afinal, quem de nós não amadureceu, né? Fiquei feliz de ler aqui que agora você está mais ligada com os seus principais papéis: ser mãe e ser esposa!
Isso é tudo, amiga! E não há ninguém nesse mundo que me desvia dessa atenção - o nosso principal trabalho de nossas vidas é edificar as nossas casas e as vidas de nossos filhos. Para mim, a mulher de sucesso é essa: que quando olhar para trás e depois para frente e ver os seus filhos crescidos e saudáveis, encaminhados e seguros da vida - essa sim é a mulher de sucesso! Essa merece todo o nosso respeito porque o mundo precisa de Mães.
Grande bjos de sua amiga, Carol Siqueira.
olha que lindo o depoimento desta psicanalista quando nasceu seu filho: " Acho que esta questão também sempre passa no ponto de sobre como o casal se relaciona com o dinheiro.
Aqui em casa nunca teve dinheiro do marido ou meu dinheiro, todo dinheiro que entra é da nossa família, é algo flui hora através dos dois, hora através de um, e por enquanto através do Renato, por isso, mesmo eu sendo independente financeiramente desde os 14 anos de idade, não senti como me tornando dependente do marido!
Tendo isso bem claro, decidimos juntos que eu poderia parar de trabalhar quando Francisco nascesse e ficar com ele durante seus primeiros anos, estávamos de acordo de que isso seria o melhor para nosso filho e de que eu queria muito poder viver isso.
Abrimos mão de muitas coisas, afinal, é diferente quando os dois trabalham, deixamos de comprar muitas coisas, até as viagens que gostávamos muito de fazer, deixamos de lado!
Muita gente ao nosso redor mal acreditou nisto, recebemos críticas, quando Francisco estava com 11 meses o Renato foi demitido da empresa que ele estava full time a algum tempo, sendo que tinha aberto mão de vários clientes para poder ficar nesta empresa.
Ficou um ano sem trabalho, foi uma fase muito difícil, mesmo pq não tínhamos reservas para algo assim.
E mesmo assim, JAMAIS nos arrependemos, nossa escolha foi consciente, e encaramos o que estava acontecendo como algo que teríamos que passar juntos, e que isso de algum modo nos fortaleceria!
A felicidade de poder estar com o Francisco sempre foi maior do que as dúvidas ou qualquer outra coisa!
E olha que não deixei um trabalho que não curtia ou não gostava, deixei o trabalho que AMO, que sempre desejei fazer!
Mas sei que quando for a hora eu volto, e que de algum modo tudo dará certo novamente! Para nós, todo o resto poderá vir com o tempo, mas os primeiros anos do meu filho ninguém pode me devolver, e nada mais supriria meu desejo de ficar com ele!
Quando vou falar sobre o assunto com quem pergunta, sempre digo para analisar como é a relação do casal, como se sentirá sinceramente em não ter dinheiro vindo através do próprio trabalho, e pesar o quão mais tranquila e feliz estará se puder desfrutar dos primeiros anos do filho!
Mas para se sentir feliz, é uma decisão a ser tomada de forma plena, ou a mulher não vai se realizar nem trabalhando e nem deixando de trabalhar, vai estar sempre dividida!"
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