27 de jun. de 2008

Relato da grande aventura de ser pai



Relato da grande aventura de ser pai - Por André Santoro
Fonte: www.bebe.com.br

O dia: 6 de março de 2006.

Manhã chuvosa em São Paulo.
No horário marcado, estamos lá. Eu, Cris e Mateus – ainda dentro da barriga da mãe.
Na maternidade, depois da papelada de sempre, tomamos o rumo da sala de parto.
A cesárea tinha sido marcada com antecedência, mas nem por isso a ansiedade era menor.
O pai, vestido como manda o figurino, com avental, máscara, touca e protetor para os pés, aguarda ser chamado pela equipe médica.
É a hora. Dentro da sala, cheiro de barriga queimada pelo bisturi.
Lágrimas.
Fotografias fora de foco.
Belchior e Caetano se esparramam num pequeno aparelho de som ao lado da mesa de cirurgia. Mais lágrimas.
Mais fotos.
E, de repente, o choro.
Nasceu! 4,025 kg. Um meninão, cheio de saúde.
É o nosso filho. O meu filho.

Em casa, outra vida toma conta do ambiente. Fraldas, roupinhas, pomadas, lencinhos umedecidos, um quarto inteiro só para ele.
E um pai que, apesar da experiência distante com os irmãos mais novos, ainda teria muito que aprender nos meses seguintes. Limpar o cocô, ajudar na amamentação – isso ninguém conta, mas o início do processo é um bocado sofrido –, esquecer das oito horas sagradas de sono (substituídas por litros de café)...

Tudo isso faz parte de um processo que os especialistas começam a chamar de paternagem – o cuidado do cotidiano que é exercido pela figura paterna.

Nos meses e anos seguintes, os desafios são outros.
Os especialistas garantem: um pai presente e colaborativo ajuda, e muito, no desenvolvimento da criança, do primeiro choro até a adolescência. Na família tradicional não havia espaço para que o pai participasse ativamente da criação dos filhos. Hoje isso mudou e vários casais se abrem para uma experiência diferente, em que há uma partilha das responsabilidades de forma mais igualitária.
Cada casal tem o seu jeito de cuidar dos filhos e, por isso, não há fórmulas mágicas para que todos encontrem um caminho saudável. Mas a aproximação paterna sempre vale a pena. "De um jeito ou de outro, ela traz um ganho significativo para os filhos", garante a psicóloga Milena da Rosa Silva, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

E você, o que está esperando? Nunca é tarde para trocar a primeira fralda – ou para ajudar o filho com a lição de casa.

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