8 de jul. de 2008

Bebê! Um ser sensível e inteligente



A vida dentro do útero
Mesmo antes de nascer, nossos bebês já vivem intensamente e são capazes de aprender coisas ou mostrar sentimentos que nem imaginamos.

Veja as novidades sobre o que acontece nas nossas barrigas durante essa jornada maravilhosa.


Um ser sensível e inteligente

fonte: Revista Crescer




Para a psicanalista Joanna Wilheim, o bebê apresenta traços de personalidade bem definidos mesmo antes de nascer.
A psicanalista paulista Joanna Wilheim, autora do livro: O que é Psicologia Pré-Natal , tem se dedicado a compreender melhor sentimentos e ações do feto. Considerada uma das principais estudiosas do assunto, ela defende que o bebê ainda em formação é um ser inteligente e com temperamento próprio e afirma que inúmeras pesquisas já demonstraram que as experiências vividas no útero ficam gravadas em nossa memória. Confira os principais trechos da entrevista:

O bebê é capaz de aprender ainda no ventre da mãe?

Sem dúvida. A médica e psicanalista italiana Alessandra Piontelli, autora do livro De Feto a Criança, relata o caso de uma menininha observada através de ultra-som desde o início da gravidez. A menina era um feto muito ativo. Movimentava-se bastante, brincava com a placenta e o cordão umbilical. Uma de suas brincadeiras era manipular com os dedinhos a placenta num movimento de querer descolá-la. Esta manipulação acabou provocando um forte sangramento. A mãe correu o risco de perder a bebê e foi colocada em repouso absoluto até o fim da gravidez. A menina passou a ficar absolutamente imóvel, enfiada em um canto do útero, até o fim da gravidez. Ela havia aprendido que a sua movimentação havia posto em risco a sua vida.



O feto tem memória?

Sim, isso é um fato cientificamente comprovado por vários experimentos. Um deles consiste em que a mãe leia certa história para o feto nas últimas semanas da gravidez. Após o nascimento, fones de ouvido são colocados no bebê e são lidas duas histórias para ele: a que escutou quando estava no útero e outra desconhecida. Por meio de um aparelho de sucção, o recém-nascido pode “regular” qual das historinhas quer ouvir. Invariavelmente, ele “chama” a história conhecida.

 
Se ele tem memória, por que não nos recordamos de nossa vida uterina?

As inscrições das experiências e vivências pré-natais ficam registradas no inconsciente. O inconsciente não é acessível à nossa percepção. As experiências registradas podem se manifestar indiretamente. Elas podem aflorar quando algum fato da realidade atual “esbarrar” numa “cápsula” que contém uma memória de acontecimento registrado na vida pré-natal. O que aflora são, sobretudo, as sensações e emoções relacionadas com tal fato.

Os estados de humor da mãe podem afetar o feto?

Sim, pois os estados de humor da mãe vêm acompanhados por alterações nas secreções neuro-hormonais. Essas secreções são lançadas na corrente sanguínea e chegam ao feto pelo cordão umbilical. Elas vão provocar nele o mesmo estado emocional e a mesma sensação vividos pela mãe. A senhora diz em seu livro que, mesmo antes de nascer, o bebê é um ser sensível, inteligente e com traços de personalidade próprios.
Por quê?

Com o uso do ultra-som nos exames pré-natais, o feto pode ser observado em seu habitat natural. Tanto fetos únicos quanto gêmeos. O que se percebe é que o temperamento de cada um deles difere dos demais. Mesmo em pares de gêmeos há diferenças individuais absolutamente nítidas. Esses mesmos fetos, observados depois de nascidos, mantiveram os traços de personalidade e as características comportamentais que haviam sido observadas no útero.

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