1 de nov. de 2012

A chegada do segundo filho: a adaptação da mãe


Queridas Amigas e leitoras do BBPontoCom!

Aqui entre uma mamada e outra, eu escrevo para compartilhar a minha experiência dos primeiros dias como mãe de dois filhos.

Estou muito feliz e grata a Deus porque eu recebi uma das maiores bençãos que Deus pode dar a uma família. Filhos são a herança do Senhor e agora tenho dois! Aleluia Senhor!

Mas em meio a tanta felicidade, tanta coisa boa acontecendo e a chegada da minha amada Marina, eu confesso que para mim foi um pouco sofrido os primeiros 15 dias, fora a falta de tempo para tudo, as noites viradas sem dormir, a falta de ter o mesmo tempo de antes para o Pedro tem sido uma das coisas mais difíceis de lidar.

A chegada da Marina em nossas vidas foi planejada e muito esperada por todos nós. Preparei cada detalhe, cuidei de tudo para que fosse perfeito, mas não imaginei que eu me sentiria tão confusa com os novos sentimentos. Confesso que na primeira semana eu sofri muito por saudade do Pedro, meu primeiro filho. Um misto de ausência dele (sempre tinha alguém entretendo ele, cuidando dele para mim) e senti muito ciúmes de não poder, pelo menos por enquanto, dedicar a ele a mesma atenção de sempre. Não poder levar no parquinho, na piscina, dar banho, arrumar para ir na escolar, dar comida, brincar das coisas que ele gosta e ver ele fazendo isso com o Pai ou com outras pessoas, sem mim, foi muito difícil.

Chorei muito. Uma ausência profunda dele, saudade mesmo estando ao lado. Ao contrário do que imaginei, eu dei mais trabalho na adaptação do que ele.
Ir para o parto foi quase um parto, deixar ele alí, tão pequeno, indefeso, não sabendo o que poderia acontecer comigo. Essa parte é muito complicada, a gente tem um vinculo de proteção muito forte com o primeiro filho.
Isso tudo, sem contar com o fato de ter que encarar que ele cresceu, que não é mais meu bebê, olhar para a Marina e lembrar dele, constatar o quanto passa rápido. O quanto a gente perde tempo.

No pouco tempo que tenho entre uma mamada e outra da Marina eu tento estar com ele, mas na primeira semana foi muito corrido com ela e muito difícil pra mim nesse aspecto. Não sei explicar. Não sei se alguém de vocês que tiveram dois filhos, passaram por isso.

Eu tive que ter muita fé, crer muito em Deus e em Suas promessas para superar a tristeza que senti. E o pior é a culpa que sentimos por estar triste em um momento de tanta alegria. Ninguém entendia, meu marido, minha mãe repetiam que eu não tinha motivo para chorar, que eu tinha recebido uma benção muito grande e o Pedro estava bem.

Acho que a causa disso tudo foi o que eles chamam de "melancolia pós-parto", um misto de sentimentos, medos, culpas e uma tristeza sem motivo.
Eu tive que me conscientizar, na medida do possível, que isso era só uma fase e que logo as coisas vão se encaixando. Aos poucos estou aprendendo a investir em novos momentos com o Pedro e com a Marina.

Comecei a não perder oportunidade de estar com ele e aos poucos estou conseguindo retomar algumas coisas normais nos intervalos das sonecas da pequeninha.
Isso me ajudou bastante a superar a falta dele. Apesar de eu não ter acostumado totalmente com a nova rotina. A Marina e o Pedro ainda tem necessidades diferentes, então ainda não dá para estar o tempo todo com os dois. Agora meu coração está sempre dividido entre um o outro e acredito que não tem jeito, ser mãe de dois é assim mesmo.

Não sei se conseguem entender meus sentimentos. É bastante profundo e e ao mesmo tempo natural. Estou me adaptando a uma nova realidade e acredito que faz parte do sofrimento de amadurecer, é uma ruptura necessária. É como uma borboleta que saí do casulo e expande sua forma. Eu estou expandindo minha forma de mãe para mãe de dois, e tem suas dores e delícias. Cada dia tem sido um novo dia e estou bem mais adaptada, me sentindo mais confiante em relação ao meu novo papel.

Deus tem me instruído nessa caminhada e se você também tiver passando por esse desafio ou qualquer outro lembre-se que com Deus no barco qualquer tempestade é pequena!

Um grande beijo para todas vocês e obrigada pelo carinho de sempre.

Segue uma fotinha do motivo da minha alegria:

6 comentários:

Marynna's blog disse...

ai mey que fofo ler isso, logo logo estarei na mesma situação e ler seu blog me faz pensar mto quando meu bb nascer, serei mae de dois... deve ser uma mistura de sentimentos que ninguém deve entender bem, mais nosso pai conhece nosso coração e nossas aflições, Ele está com vc nesses momentos, bjs

Deinha disse...

Amiga, se eu te conheço bem, tenho certeza de que está fazendo o seu melhor. Este sentimento de ausência, tanto seu quanto do Pedro, faz parte do processo e já já terá ficado no passado. Olha a carinha dele segurando a Marina, nada paga isso!
Bjo grande pra vc!

Daniela disse...

Mey você é mesmo uma fofa e muito especial! eu também passei por tudo isso e a diferença de idade entre giovanna e jhúlia é de 4 anos. não sei dizer se é mais difícil viu.uma benção em minha vida é meu marido que graças a Deus é excelente pai e me dá o maior apoio! Nossa, nem tenho palavras!a Giovanna desde a gravidez ficou super apegada ao pai,mas também senti muita falta dela,aquele carinho,ela foi única durante 4 anos, imagina só. mas Deus vai abençoar você para que tudo de melhor aconteça em sua vida e quando passar essa fase ´´ mais difícil´´ , na qual a Marina exigirá mais de você o tempo vai fluir e você conseguirá administrar muito bem e curtir suas duas bençãos na maior tranquilidade. a questão é que agora a Marina tem necessidades especiais que o Pedro não tem, mas já teve, mas era único... mas aos poucos ele vai entender e ela vai ter no irmão o super herói dela.. você vai ver. que Deus te abençoe muito e sempre. beijos

Carol Siqueira disse...

Amiga, lendo o seu post eu cheguei a uma conclusão: nós somos seres humanos demais! Cheios de culpa demais! Quando eu tive o Paulo Neto confesso que também chorei muito e me sentia culpada por estar chorando. Pra que ficar chorando naquele momento que era só alegria? Mas eu chorava mais ainda quando eu sentia culpa de estar chorando naquele momento! Agora vejo que os sentimentos são os mesmos, não importa se temos 1 ou mais filhos, a culpa sempre vai nos acompanhar. E eu aqui estou no meu dilema se devo ou não levar a diante a ideia de uma segunda gravidez. Hoje fui no Dr.Nestor e ele me explicou dos riscos que eu e o meu bebê poderá correr. Já me sinto culpada em decidir em não ter mais filhos e deixar o PN sozinho e me sinto culpada em decidir ter e qualquer coisa nos acontecer, fico com medo pelo Paulo Neto. Somos imperfeitas, amiga! E precisamos aceitar isso! Por isso que eu acho mesmo muito importante para a nossa vida nos apegar a Deus, sempre, em todas as horas!!!! Amo você e penso em você em todos os minutos do meu dia, Carol Siqueira.

Cele disse...

Mey Deus já enche sua vida e de sua Família de Suas Gracas!Muitos desses sentimentos säo causas de consideráveis oscilacöes hormonais que a mulher pós-parto ue amamenta e é mäe de um filho mais velho sofre.Se O Senhor permite essa sensacäo louca( confesso que mais um pouco estava eu ás lágrimas com sua dor-sou mäe apaixonada e dedicada e só em pensar passar por isso lagrimo!)entäo deve agradar á Deus e faz parte do amadurecimento da nossa maternidade.Você é uma batalhadora e vitoriosa em Cristo, esse momento de adaptacäo é täo custoso e vivido intensamente pela mäe dedicada!EM breve essa página será virada e antes que isso ocorra, todos seus conflitos estaräo bem resolvidos, seu Pedro mais próximo de você e da irmä linda que ele ganhou.Debaixo do Céu tudo é Graca áqueles que creem no Senhor!!!
A Paz!
Cele.

Anônimo disse...

Mey, comigo foi exatamente assim. Na verdade ainda é, mas com muita fé e paciência as coisas estão melhorando. Minha baby tem 03 meses e meu filho 07, apesar de ter tido a ajuda do marido, minha mãe e irmã, sofri muito com essa culpa, pois a babá que cuidou do meu filho durante 07 anos (ele tinha 01 mês qd ela começou) pediu demissão e saiu qd a baby tinha 10 dias, aí vc imagina a confusão. Sem tempo pra nada, sem babá, tendo que cuidar de tudo, baby tinha cólicas terríveis, enfim, foram dias dificeis. Há 02 semanas as coisas começaram a melhorar, nas ainda não consegui
implementar a rotina delaa, sem coragem e
determinação para o biquíni já, ainda nao tirei leite,
agora que a baby passou a dormir em outro lugar que
não seja o colo, o filho mais velho ta um pouco menos
rebelde (ele ama a irmã, é super carinhoso) mas por
enquanto não tem atenção "suficiente" dos pais. Mas
vamos seguindo em frente sem desistir, pois o amor que sentimos por eles é maior que tudo isso.
Seus depoimentos nos ajudam bastante.
Marcia Nobre