17 de fev. de 2013

A licença maternidade chegou ao fim.


Olá minhas amigas e seguidoras do BBPontoCom!

Hoje completam exatos 120 dias de nascimento da minha princesa Marina. Fim da minha licença maternidade.
Gente!! Como passa rápido! Parece que foi ontem, eu não consigo ter noção que passaram 4 meses, não consigo entender como voam os dias!

Eu tinha tantos planos para esses 4 meses, acreditava que conseguiria fazer tanta coisa, curtir muito a Marina, dedicar ao Pedro intensamente, cozinhar mais para meu marido, arrumar armários, reformar móveis... Enfim, cuidar da minha família e filhotes, e ter um tempo de dona de casa que nunca tive na vida. Mas, não me sinto bem-sucedida, sinto que ainda me falta tempo para cuidar deles mais, para estar mais presente na vida do Pedro, passar mais tardes deitada vendo TV e amamentando a Marina, atoa sem fazer nada.

Eu preparei "tudo" considerando que posso retornar ao trabalho amanhã, mas ainda tenho 30 dias de férias.
Todas as decisões de ordem prática foram tomadas. Marina já está tomando suquinho, começamos as papinhas doces agora nessa semana e toma complemento de leite artificial quando precisa, já que não é todo dia que tenho LM suficiente para tirar, e quando retornar vou ter que intercalar algumas mamadas com a fórmula. Às militaristas do aleitamento exclusivo por 6 meses já vou dizendo que esse não é um luxo para todas as mães, ok? Bem que eu gostaria, mas sei que com uma carga de trabalho de 8h por dia será bem complicado continuar com leite materno exclusivo.

Voltando ao assunto, o que me tranquiliza é que a babá (Camila), que está comigo, é uma gracinha, de caráter e responsável, já está treinada e adaptada a rotina da Marina e da casa. Ela está curtindo minha filha e com uma relação próxima e carinhosa com ela e com o Pedro. Consegui uma diarista, que vem 3 vezes por semana e ela já está inteirada de como gosto que as coisas sejam feitas. O Pedro de volta a escola, mais independente, pois usei esse tempo para ensiná-lo a tomar banho, comer sozinho, guardar brinquedos... Investi em ensinar essas coisas de ordem prática, que ajudarão ele a se virar.

Mas apesar de ter cuidado dessas coisas básicas, sinto aquele friozinho na barriga. Uma certa alegria de retornar ao trabalho, tenho propostas de novos desafios, muita coisa pra fazer, empreender, mas sinto triste de ter que abrir mão disso tudo que conquistei nesses 4 meses aqui em casa, abrir mão de "brincar de casinha", poder exercer a profissão "mãe integral".

Penso: será que o Pedro vai entender essa minha ausência? Minha preocupação é sempre com ele, porque ele entende muita coisa, ele já cobra.
Preocupo se ele vai acostumar em não estar comigo todas as manhãs. Ele já sofre de ter que dividir esse tempo que temos com a Marina, imagina reduzindo isso a poucas e corridas horas antes do trabalho, na hora do almoço e no fim do dia? Sei que ele vai ter que aprender a lidar com isso. Sei, ele vai ter que amadurecer e entender que não tem conquista, sem frustração. Mas é sempre difícil.

Já a Marina, olho pra ela e sinto tão pequenininha pra ficar o dia todo sem mim. Parece que o Pedro era maior, mais independente, acho que por já mamar mamadeira nessa idade e ela só em mim. Fico pensando na falta que vou sentir de poder dar mamar pra ela toda hora que quiser, sentir aquele aconchego, poder dormir a tarde juntinhas. Muito difícil! Voltar a trabalhar não é a mesma coisa de ir ali no supermercado duas horinhas e voltar.

As vezes tenho medo de não dar conta de tudo, mas daí eu lembro da força de vontade que me sustenta em tudo que eu faço na vida. Sei que não vai dar pra continuar tudo do mesmo jeito, que terei que fazer escolhas a todo tempo, mas também sei que vou conseguir, que gosto do meu trabalho, que me sinto realizada exercendo os dois papéis e que Deus está no comando de tudo na minha vida!
Acho que esses sentimentos, incertezas fazem parte da vida de mãe. Dizem que quando nasce uma mãe, nasce junto a culpa. Então é isso.

Oro para que Deus continue fazendo somente a vontade Dele na minha vida. Tenho boas expectativas profissionais para esse ano, grandes coisas vão acontecer, independente de qualquer coisa e Deus sabe o quanto amo ser mãe e o quanto minha família é importante. Nesse sentido, eu entrego a minha vida profissional e minha família nas mãos Dele. E sei que Ele já preparou tudo e será benção!

E você? Como enfrentou esse retorno ao trabalho, quais dicas dá para as mamães que se preparam para isso nos próximos meses? Vamos compartilhar?

Beijos, Mey

3 comentários:

Anônimo disse...

eu não consegui voltar a trabalhar. Como sou autônoma ( dentista) optei em ficar com meu filho, e tenho certeza que foi a melhor decisão da minha vida. Eles precisam muito da mãe em quantidade e qualidade de tempo, pelo menos até os 2 anos.Me dediquei anos e anos a minha profissão e vou dedicar mais anos e anos, porque não dedicar apenas 2 anos exclusivamente para nossos filhos!? Não há dinheiro, carreira, desafios que sejam mais importantes que a fusão emocional que esses pequenos demandam, é de mãe que eles precisam!Hoje respidro alivida e confiante que fiz a melhor escolha, e passa tão rápido , mas para os bebes é um tempo de ouro, eles precisam de cada segundo disponivel da mãe ( sugiro a leitura do livro da Laura Gutmam). Abraços e boa sorte, reflita antes de tomar a decisão de voltar a trabalhar.

Mey disse...

Que sorte que sua profissão permite dar uma pausa. Se tem ima coisa que admiro são as funções autônomas. Elas permitem uma flexibilidade que certas carreiras não. No mei caso, parar dois anos pode significar nunca mais conseguir a mesma qualificação. E eu não trabalho por luxo, preciso dos rendimentos. Gostaria de poder dar uma pausa, tirar um, dois anos sabáticos como você, mas isso não é realidade para muitas mães.
Moro em uma cidade de poucas oportunidades, consegui uma colocação em uma empresa e deixar mais de uma década disso e simplesmente abandonar é certeza de nunca mais voltar. Eu teria que ter um plano B, o que não tenho. E não tenho porque amo minha profissão (sou publicitaria) e não é uma função que se exerce sem estar em uma empresa, eu teria que fazer outra coisa e aí não me sinto feliz. Eu tive uma referencia de mãe que trabalhava fora, e que além de precisar, do contrario passaríamos fome, sempre passou pra mim que amava sua profissão, e eu sempre admirei isso. Acredito no equilíbrio das coisas e é nisso que confiarei meu sucesso como mãe e profissional, tentando não deixar que uma coisa extrapole o tempo da outra.
Mas às mães que assim como você podem dedicar um tempo e depois retornar às suas correiras eu também incentivo que façam, será um tempo muito precioso.

Unknown disse...

Oi Mey, incrível como descreveu exatamente o que sentimos quando retornamos ao trabalho. Essa frase de amamentar à toa, sem fazer nada ou sem se preocupar com nada, pereceu demais comigo ... Estou retornando ao trabalho agora e estou enfrentando angustias semelhantes as suas. Como é difícil...