4 de jul. de 2013

Segundo filho: a chegada da irmãzinha.


Oi Mamães! Oi Papais! 

Nossa! Que papo bom eu quero levar com vocês hoje aqui. Aos pés dos 8 meses como mãe de dois eu fiz algumas descobertas. Uma delas é sobre como funciona a chegada do(a) irmãozinho(a) para o filho(a) mais velho. É tudo muito bom, tudo novo, eles curtem muito, mas não é fácil para o primeiro filho. E não é fácil para ninguém. 

Tenho percebido que o Pedro vem demostrando suas carências acumuladas desde a chegada da Marina. Ele tem levado numa boa, sem muitos dramas, mas tem sentido bastante e começou a expressar isso mais forte de um mês para cá. 
Outro dia ele falou pra mim: "Eu queria ser a Marina.". 
Isso me doeu muito. Me pergunto quando eu não percebi que ele estava sofrendo? Daí eu tive uma conversa com ele para entender isso, e nesse papo ele me expôs que ele queria dormir um pouco na minha cama e depois eu colocar ele na cama dele. 
Que dó, a gente sempre fez isso com ele e desde que a Marina nasceu é com ela que fazemos isso, não mais com ele. Não é todo dia que dá para fazer os dois dormirem ao mesmo tempo, apesar de gostoso, vira bagunça, e a Marina dá muito trabalho para dormir.

Avaliando, eu observo que passamos a cobrar dele uma postura de irmão mais velho, que hoje percebo que ele não está tão preparado. Estamos o tempo todo ninando a Marina e com ele reforçando que ele é grande, que já tem quase 5 anos. E nisso, tenho notado ele regredindo em algumas coisas, precisando mais de atenção que o normal, emburrando com mais freqüência, as vezes chora sem motivo e ficou mais agressivo e agitado. Percebo ele tentando defender seu espaço e eu estou tentando dar segurança para ele de que a chegada da Marina trouxe muita coisa boa para a nossa vida, também tenho feito algumas coisas para tentar amenizar essa nova fase para ele Ele tem aceitado bem, as mudanças acontecem paulatinamente, mas tem ajudado muito. Veja algumas ações práticas que eu tenho feito:

  • Participo o Pedro de tudo que posso em relação a Marina: nunca coloque a criança a parte, e dentro do possível, permita que ela participe em algumas tarefas simples que envolvam o bebê, como o segurar, o embalar, o dar de comer (com ajuda dos pais), para que ele sinta que o bebê também é dele.
  • Tempo só para o Pedro: uma vez por semana, eu e o pai tiramos um momento especial e saímos de casa só para o Pedro, nem que seja no parquinho da esquina e deixamos claro que esse tempo é só para ele. Também temos deixado ele na nossa cama curtindo nós dois, sem a Marina, antes de dormir. Antes a gente fazia os dois dormir na mesma hora. 
  • Falo sobre os meus irmãos: conto para ele sobre as nossas brincadeiras de infância, o quanto é bom ter alguém para contar, o amor que recebo deles, as vezes que me ajudaram, que eu pude ajudar e o quanto é bom ter irmãos.
  • Estou mais tolerante: tenho buscado criticar menos, relevar mais e concentrar no que é importante. Aprendi a escolher as batalhas que vou entrar, não fico o tempo todo corrigindo, antes eu era muito mais rígida, agora foco no que é importante. 
  • Valorizo o lugar que o Pedro tem nas nossas vidas: através de palavras e gestos carinhosos, reforço o lugar especial que ele tem como filho mais velho, e o lugar especial que ele tem nos nossos corações. Falo para ele o quanto ele foi esperado, conto sobre antes dele nascer e tal.
  • O poder do irmão mais velho: Valorizo o fato dele ser o filho mais velho, para ele perceber a importância daquilo que já alcançou e achar inútil querer voltar a época que era bebê. 
  • Mostro as fotos dele quando bebê: a cada etapa da Marina eu mostro uma foto do Pedro na mesma idade, ele ama. Explico o que ele fazia, o que gostava, o que comia, falo das brincadeiras, onde ele dormia. Faço ele perceber que ele também já ficou muito no colo da mamãe quando pequeno (uma das coisas que incomoda muito ele). 
Bom, não tem receita de bolo, é uma fase complicada e eu acredito que todas as mães acabam passando. Precisa ter fé, força e muita paciência. Sei que logo vai passar, pois o amor que eles sentem um pelo outro é maior que tudo na vida. 

Beijos, Mey


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