2 de dez. de 2012

Pós-parto: 40 dias de resguardo




Oi Amigas, tudo bem com vocês?
Por aqui tudo bem também!

Cheguei ao fim do resguardo. Foram 40 dias de uma série de recomendações e coisas que tive que evitar fazer: subir e descer escadas (aqui em casa são dois andares e por recomendação médica tive que ficar só na parte de cima por uns dias), não dirigir, não pegar peso, não ir na academia, não ter relações intimas. Enfim, algumas coisas que limitam a gente. Que bom chegar no fim do puerpério, a gente fica muito limitada. Eu me senti presa nesses dias.

O bom de chegar aos 40 dias é que muita coisa já estabilizou após a chegada do bebê. As fases mais complicadas da amanentação, a rotina do "novo hóspede" em casa, os conflitos e até a adaptação com as noites mal dormidas, tudo está um pouco mais fácil. É, os longos 40 dias se passaram.

Para minhas amigas mamães e seguidoras do blog, que estão gravidinhas, quero dividir minha experiência nos 40 primeiros dias:

Como me senti logo após o parto?
Após sair do centro cirúrgico eu só pensava em uma coisa: pegar meu bebê, poder ver cada detalhezinho dela, dar de mamar direito. Apesar de cesárea, meu parto foi humanizado, peguei a Marina nos braços logo que nasceu, ela mamou ainda na sala de parto, mas pra mim estava pouco. Estava encantada com meu bebezinho, e surpresa com todas as mudanças que tinham ocorrido, agora sem o barrigão, com neném no colo.
Minha cesárea foi muito tranquila, não faço apologia a determinado tipo de parto, mas tive ótimas experiências nas duas gestações.
É claro que tem algumas coisas chatas, provenientes da anestesia. Senti um pouco de tremedeira e coceira logo que cheguei no quarto, mas as enfermeiras me cobriram e aplicaram anti-alérgico para aliviar a coceira. Incomoda, tive alergia nos dois partos, mas da Marina foi muito pior, coçava dentro do olho, pra ter uma idéia e fiquei assim por 24 horas.
Depois do parto tive que permanecer na cama por algumas horas, minhas pernas ficaram dormentes, eu não as sentia e tive sangramento, é normal isso e passa rápido.
Mas tirando isso eu não senti dor alguma.
A minha médica me recomendou que nao falasse muito logo depois do parto, para não acumular muitos gases, que fazem a barriga inchar (e você vai se sentir grávida de novo!). Adivinha se eu cumpri? Nadinha, a noite estava com aquele barrigão, além de uma coceira de matar. Passei a madrugada acordando com essa alergia. Essa parte foi ruim.
Mas no mesmo dia, algumas horas após, eu já levantei, tomei banho, lavei cabeça, me arrumei toda, me maquiei e estava lindinha.
No dia seguinte já estava andando para todo lado nos corredores do hospital para ajudar com os gases e no fim do dia, com 36 horas deixamos o hospital com nossa jóia. Eu estava com muita saudade do Pedro, da minha casa.

Uma semana depois:
Como eu já contei aqui, a primeira semana foi muito difícil, não do ponto de vista físico, mas emocional. Tive a chamada Melancolia pós-parto, que é um sentimento de tristeza sem causa aparente em que a gente tem muita vontade de chorar. Os médicos dizem que isso é resultado dos hormônios e da adaptação o nova vida. Eu sofri isso das duas gravidez. Na do Pedro durou mais dias, da Marina foi mais intensa, eu chorei sem parar um dia inteiro. Mas passa, viu meninas!
Do ponto de vista físico fui super bem e não tive nenhuma dor relevante, alguns gases, mas tudo bem. A recuperação foi ótima!

Quinze dias após o nascimento:
Com quinze dias após a Marina ter chegado tudo estava mais descomplicado, eu já podia descer as escadas aqui em casa e meus ares ampliaram. Também já estava mais ambientada com a amamentação, principal preocupação dos primeiros dias. No oitavo dia já levamos a Marina no Dr. Marco Sallum, pediatra de nossa confiança e isso fez toda diferença, pois ela foi pesada, ele me orientou com mais calma sobre minhas dúvidas e tudo ficou mais descomplicado. Com 10 dias o coto umbilical da Marina caiu, e assim fica bem mais fácil dar banho, trocar, pegar no colo. A Marina é muito boazinha e nem as terríveis cólicas teve.

Trinta dias após o nascimento:
Essa foi a melhor parte. Acredite! Trinta dias muda muita coisa.
A Marina já estava super gordinha, já tínhamos ido em duas consultas no pediatra e nas duas ela tinha ganhado peso e altura acima da média e isso tira um grande peso das costas da gente.
As visitas se intensificaram, mas só dos mais chegados e achei bom que me divertia, trazia novidades.
Fiz o mesversario da Marina que foi muito celebrado por nós.
Apesar das noites mal dormidas eu passei bem o primeiro mês, a Marina é muito boazinha e o fato de não ter cólicas ajuda muito. O único problema é que acostumei ela muito no colo e no peito e como ela não pegou bico (ainda), ela fica muito dependente de mim, ninguém consegue me ajudar direito, porque acostumei ela se acalmar no peito.
A novidade é que com 20 dias tirei os pontos e com 30 pude ir na academia. É praticamente o único momento do dia que eu tenho só pra mim e abro mão de dormir para fazer 40 minutos de esteira, todos os dias. Para isso, uso a soneca da manhã da Marina, que é mais longuinha e deixo ela com a babá.
Outra coisa muito boa que aconteceu com 30 dias é poder dirigir. Nossa! É como devolver-nos as pernas, com isso posso ir nem que seja na casa das minhas amigas aqui no condomínio.

Quarenta dias após o nascimento:
Percebi a Marina muito mais gordinha, forte e bem mais antenada na gente. Não parece mais aquele bebê tão frágil, sorri quando conversamos com ela e a rotina parece um pouco mais definida. Também consegui implementar as mamadas com espaçamento de 2 em 2 horas e as atividades. Ainda não está tão rigoroso com os horários, mas estou tentando colocar a rotina do EASY da Encantadora de Bebê: Alimenta, brinca, dorme e tempo pra mim. Só esse tempo pra mim é que não rolou porque ela dorme muito no colo e quando vou colocá-lá no berço acorda e é um berreiro. Ainda sou meio preguiçosa e fraca para tentar as técnicas de colocar pra dormir sozinha. Eu chego lá. Enquanto isso, vou me virando com ela praticamente o dia todo no meu colo. Confesso que tem dias que choro de cansaço. Mas sei que é uma fase, vai passar e entendo que esse aconchego é importante para ela, afinal há 40 dias atrás ela estava no conforto do meu ventre, onde sentia protegida e segura.

Bom Meninas, é isso que tenho para compartilhar, perdoe os possíveis erros e a extensão do post, tenho escrito durante as mamadas da madrugada.

Um grande beijo, Mey

6 comentários:

Anônimo disse...

Olá Mey, acompanho o seu blog desde a época do Pedro, porém agora acompanho sendo mãe do meu primeiro filho, o Rafael. Amo ver os seus posts e nesse especifico me identifiquei com várias coisas, a melancolia pós parto, as noites sem dormir, o cansaço, mas enfim, tudo isso passa e depois fica a saudade. Deus nos criou para sermos mães e nos capacitou para isso, isso me conforta e me dá tranquilidade. Te desejo bençãos maravilhosas e que possamos curtir a cada momento a maternidade, somos mais que vencedoras em Cristo Jesus. Ah, o meu Rafael nasceu no dia 17/10, cinco dias antes do nascimento da Marina. Bjos e fica com Deus. Karla

Anne morim disse...

Ola, eu nao tive essa melancoia pos parto, mas hoje faz um mes que a minha Mari nasceu e a vontade de chorar é enorme. Espero q passe logo, nao sei definir o que é!!

Anônimo disse...

Olá meninas,
É muito triste pra mim ler tantos comentários de bebês saudáveis e lembrar da minha princesinha que faleceu ainda na sala de parto gordinha e com três quilos. Fiz cesárea e hoje faz 11 dias, não senti nenhuma dor e como gostaria de estar passando essas dores que muitas comentam, as noites de sono perdidas e os trabalhos e cuidados com os nenéns. Sinto uma tristeza muito grande, meu corpo não doeu nada mas a dor que sinto no meu coração é sem fim. Abraços a todas e amem seus filhos que nasceram saudáveis com a graça de Deus. Andréia

Anônimo disse...

Nossa Andreia, n sei nem o q te dizer...hj estou com 10 dias de pc, e meu bb ta muito bem...espero q Deus na sua infininita sabedoria e amor, possa confortar seu coracao..n sei qual o plano de Deus na sua vida mas, acredite Deus sabe o q faz...fica bem...ass: Drika

Anônimo disse...

Nossa q triste, que deus lhe conceda muitas alegrias ;)

Anônimo disse...

Nossa q triste, que deus lhe conceda muitas alegrias ;)